terça-feira, 17 de setembro de 2013
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Um olhar sobre Sebastião Salgado – Parte I

19:46
Nascido em 1944 na vila de Conceição do Capim, Sebastião Salgado fez pós-graduação em economia na Universidade de São Paulo até 1967 e logo se casou com a pianista Lélia Deluiz Wanick. Amigos do ativista Carlos Marighella, o casal se engajou no movimento de esquerda contra a ditadura militar, mas foram obrigados a buscar asilo político em Paris em 1969.
   Salgado  trabalhava na Organização Internacional do Café como especialista de plantações africanas e em uma de suas viagens para a África fez sua primeira sessão de fotos com a Leica de sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que no Salgado abandonou sua carreira como economista no início de 1973 para se tornar fotojornalista. 
    O início de carreira fora do mundo da arte contribuiu para que Salgado tivesse uma perspectiva única como fotógrafo, conferindo ao seu trabalho um caráter emocional e social que é claramente retratado em quase toda a sua obra. 
Adepto das fotos em preto e branco, deu seus primeiros passos trabalhando como freelancer fotografando desde imigrantes europeu ao clima seco africano de Sahel de Níger.
Salgado, trabalhou nas principais agências fotográficas europeias como a Gamma cobrindo a Revolução dos Cravos em Portugal em 74; a Sygma de 75 a 79, pela qual cobriu diversos acontecimentos e viajou por 20 países.
     Em 1979 entrou para a Magnum Photos, cooperativa fundada por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson e outros fotógrafos. Através da Magnum realizou uma sequência de fotos sobre os camponeses latino-americanos durante sete anos, o que resultou em seu primeiro livro, o “Outras Américas”, lançado em 86. Daí em diante nunca mais parou e lançou no mesmo ano “Sahel: O Homem em Pânico”, resultado da colaboração de um ano com a ONG Médicos Sem Fronteiras cobrindo a seca no norte da África.
    Durante seis anos, de 1986 à 1992, documentou fotograficamente o trabalho manual em todo mundo, resultando no livro “Trabalhadores Rurais”. Com isso, Sebastião Salgado se tornou internacionalmente reconhecido e respeitado como fotojornalista. Nos anos de 1993 à 1999, trabalhou fotografando a imigração massiva pelo mundo todo. As fotos deram origem às obras “Êxodos” e “Retratos de Crianças do Êxodo”, que se tornaram sucesso mundial.
Além de seus trabalhos famosos internacionalmente, Salgado ao logo dos anos contribui com organizações humanitárias como a UNICEF e a ONG Médicos Sem Fronteiras.
    Premiado com os principais prêmios de fotografia do mundo, a obra de Sebastião Salgado dá a nós espectadores a chance de ver através de suas lentes a vida de outras pessoas que provavelmente nunca iremos encontrar.

   Conheça mais sobre o trabalho e a vida de Sebastião Salgado na segunda parte da matéria. 
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